Como lidar com o medo diante de decisões importantes.

Todos nós, em algum momento da vida ou da carreira, já ficamos paralisados por uma escolha que parecia maior do que a gente.

Trocar de emprego. Mudar de cidade. Assumir uma nova liderança. Terminar um relacionamento. Dar um passo fora da zona de conforto. O medo vem. A dúvida consome. E a decisão trava.

Mas o que pouca gente entende é que o medo não é um inimigo. Ele é um mensageiro. Esse sentimento que te faz hesitar também é o que te mostra o quanto isso importa.

De acordo com um estudo da Harvard Business Review, as decisões mais impactantes da carreira são feitas em estados emocionais de alta ambivalência — ou seja, quando sentimos medo, desejo e dúvida ao mesmo tempo.

Nas montanhas, isso fica claro:

“Não tem meta sem desafio. Não tem desafio sem medo. A percepção bem treinada transforma medo em clareza.” — Lucas Clima, psicanalista e escalador há mais de 20 anos.

A diferença entre quem trava e quem avança não está na ausência de medo, mas na forma como esse medo é percebido, processado e transformado em ação. E ação pode ser ir ou ficar. Seguir ou parar. Os dois são movimentos. Reação, por outro lado, é quando somos guiados inconscientemente pelo medo sem sequer termos clareza sobre o que estamos sentindo.

Se líderes e empresas parassem de tentar eliminar o medo e começassem a educar e instrumentalizar suas equipes para conviver com ele de forma madura, o ambiente corporativo seria outro. Mais autêntico. Mais decisivo. Mais produtivo. E menos adoecido.

Foi por isso que, depois de trabalhar com atletas da elite mundial e com líderes em momentos críticos de decisão, comecei a perceber um padrão:

➡️ Não é a coragem que vem antes da decisão. É a decisão que convoca a coragem.

O desejo é a força fundamental para desenvolver a capacidade de atravessar um sentimento inevitável e profundamente desconfortável na vida de quem arrisca e de quem busca crescimento: o medo.

E você? Está diante de uma decisão importante? Talvez o medo que você sente não seja um sinal de fraqueza… Mas um lembrete de que a próxima fase exige uma nova versão sua: mais preparada emocionalmente para lidar com as emoções inevitáveis de quem avança.

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